Folclore com “f” maiúsculo é coisa para intelectual
O historiador explica que estudar o folclore não é coisa fácil e que por isso ele ganhou um “f” maiúsculo. Folclore, segundo Severino, é uma ciência estudada pela antropologia, que investiga o comportamento do povo, amparada na tradicionalidade, na aceitação coletiva e na dinamicidade da funcionalidade. “É o que Cascudo dizia: saber mais que o povo é coisa para o espírito santo”.
De acordo com o livro “Folclore e cultura popular nas práticas pedagógicas”, o significado clássico da palavra folclore, tornada ciência no início da segunda metade do século XIX é uma composição dos vocábulos Folk-Lore, Folk, povo, Lore, conhecimento, saberes do povo, gurdados, preservados, transmitidos de geração a geração e adquirindo novas formas, porque a Ciência da Folclorística não é estática, nem peça de museu, transforma-se, modifica-se, preservando suas peculiaridades e especificidades.
Entre o popular e o culto, a diferença está na formação psíquica. O que chamamos povo em folclore corresponde ao mecanismo psicológico, com seu apreciável quinhão de associações e comportamentos instintivos.
Desta forma chegamos ao ponto conclusivo das duas ciências. Por mais que falemos em popular e erudito é quase impossível definir os limites exatos de ambos, porque o folclore está presente em todos os espaços e direcionamentos da vida humana, dos mais longínquos recantos às grandes metrópoles.
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