“Cultura é vida; vida é cultura”
“Cultura e Tradições Indígenas” foi o tema escolhido pela comissão de organização do II Fórum Ceará, realizado nos dias 30 e 31 de março e 1º de abril, no estado do Ceará. Foram momentos calorosos e de intensa vivência e discussão cultural.
“Cultura é vida; vida é cultura” foram as palavras usadas pelo Cacique Daniel, da Tribo dos Pitaguaris, um dos palestrantes do evento. Sentado na mesa oficial, no lugar onde, conforme os protocolos, senta “a autoridade mais importante”, o cacique enfatizou a importância de darmos valor à cultura, respeitando as distintas tradições conservadas pelos diferentes povos e nações.
“Cultura é vida; vida é cultura” foram as palavras usadas pelo Cacique Daniel, da Tribo dos Pitaguaris, um dos palestrantes do evento. Sentado na mesa oficial, no lugar onde, conforme os protocolos, senta “a autoridade mais importante”, o cacique enfatizou a importância de darmos valor à cultura, respeitando as distintas tradições conservadas pelos diferentes povos e nações.
Lembrou a pouca valorização e o desrespeito dos governantes para com aquele que estava nestas terras, muito antes do descobrimento oficial: o índio. “Os povos indígenas continuam como pássaros engaiolados.” Daniel fez um convite a todos os presentes: sejamos mais humanos uns para com os outros. Saibamos respeitar as diferenças. “Preservemos a terra que nos cria e nos recolhe para seu seio eterno.” Vivamos a cultura e deixemos ela permanecer viva entre nós, enriquecendo nossos dias e nossa caminhada. Por fim, lembrou que “podemos ser o que somos, mas não podemos esquecer o que somos.”
Muitos discursos (ou conversas) durante os dias do fórum foram marcados com lágrimas e emoção. Para muitos participantes, em especial índios de diversas tribos, foi o momento de desabafo e de exposição da angústia perante a desigualdade e o pouco caso das autoridades políticas. “O problema de quem faz a lei é que este não sabe consultar os civis” foi uma das intervenções do Pajé Barbosa. Protestou: “Nossa raízes são enterradas no infinito. Assim, ninguém nunca as achará e nunca serão destruídas.” Além da sua manifestação de insatisfação, o pajé arrancou as palmas dos presentes ao dizer “eu te amo!” para sua esposa sentada na platéia. Frisou a importância deste pequeno gesto, deste ritual necessário no dia-a-dia e tão significativo. Lembrou que é o homem mais rico do mundo, pois tem tudo o que precisa: a terra, a comida, a casa, o amor e a felicidade.
Professores e historiadores também deixaram sua participação, através de diferentes assuntos que abordassem o tema. O destaque, porém, ficou para os índios. Visivelmente foram perceptíveis suas manifestações sinceras em prol dos direitos iguais e da preservação cultural. As falas eram emocionantes, instigando a reflexão de todos os estudiosos e pesquisadores presentes.
Quando um dos palestrantes dirigiu-se ao cacique, dizendo: “Tenho muito respeito por você”, quando o prefeito da cidade de Maracanaú, sede do fórum, curvou-se diante do cacique e quando o pajé foi abraçado por um historiador, fiquei transtornado, sendo que meu interior questionava: “Oh, meu Deus! Qual foi o problema dos seres humanos há mais de 500 anos quando, com suas engenhosas embarcações aportaram nestas terras, destruindo lares, sonhos e tradições? Oxalá tivessem respeitado os ideais e culturas vivas entre esta imensa selva! Oxalá tivessem se curvado diante dos donos destas terras! Oxalá tivessem se cumprimentado e se abraçado!” Quem sabe não teríamos tanta “bagunça política” rondando o tal do crescimento da nação. Quem sabe se a história oficial do Brasil tivesse iniciado com abraços, com respeito e com pequenos gestos de amor ao irmão, teríamos um país mais rico culturalmente, pois teríamos um povo cultural, com idéias culturais e compreensão diante da necessidade de preservação e valorização das distintas manifestações culturais.
É por isso e por outras que o Pajé Barbosa, dirigindo-se a um dos historiadores, pode falar com propriedade: “Temos vontade em ajudar vocês!”. Pesquisar a cultura de um povo não é vivê-la.
Muitos discursos (ou conversas) durante os dias do fórum foram marcados com lágrimas e emoção. Para muitos participantes, em especial índios de diversas tribos, foi o momento de desabafo e de exposição da angústia perante a desigualdade e o pouco caso das autoridades políticas. “O problema de quem faz a lei é que este não sabe consultar os civis” foi uma das intervenções do Pajé Barbosa. Protestou: “Nossa raízes são enterradas no infinito. Assim, ninguém nunca as achará e nunca serão destruídas.” Além da sua manifestação de insatisfação, o pajé arrancou as palmas dos presentes ao dizer “eu te amo!” para sua esposa sentada na platéia. Frisou a importância deste pequeno gesto, deste ritual necessário no dia-a-dia e tão significativo. Lembrou que é o homem mais rico do mundo, pois tem tudo o que precisa: a terra, a comida, a casa, o amor e a felicidade.
Professores e historiadores também deixaram sua participação, através de diferentes assuntos que abordassem o tema. O destaque, porém, ficou para os índios. Visivelmente foram perceptíveis suas manifestações sinceras em prol dos direitos iguais e da preservação cultural. As falas eram emocionantes, instigando a reflexão de todos os estudiosos e pesquisadores presentes.
Quando um dos palestrantes dirigiu-se ao cacique, dizendo: “Tenho muito respeito por você”, quando o prefeito da cidade de Maracanaú, sede do fórum, curvou-se diante do cacique e quando o pajé foi abraçado por um historiador, fiquei transtornado, sendo que meu interior questionava: “Oh, meu Deus! Qual foi o problema dos seres humanos há mais de 500 anos quando, com suas engenhosas embarcações aportaram nestas terras, destruindo lares, sonhos e tradições? Oxalá tivessem respeitado os ideais e culturas vivas entre esta imensa selva! Oxalá tivessem se curvado diante dos donos destas terras! Oxalá tivessem se cumprimentado e se abraçado!” Quem sabe não teríamos tanta “bagunça política” rondando o tal do crescimento da nação. Quem sabe se a história oficial do Brasil tivesse iniciado com abraços, com respeito e com pequenos gestos de amor ao irmão, teríamos um país mais rico culturalmente, pois teríamos um povo cultural, com idéias culturais e compreensão diante da necessidade de preservação e valorização das distintas manifestações culturais.
É por isso e por outras que o Pajé Barbosa, dirigindo-se a um dos historiadores, pode falar com propriedade: “Temos vontade em ajudar vocês!”. Pesquisar a cultura de um povo não é vivê-la.
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É com prazer que acusamos o recebimento do vosso relatório, o qual demonstra o comprometimento de pessoas que se preocupam, com os caminhos da nossa cultura.
Parabéns pela iniciativa, a entidade ABrasOFFA se coloca a disposição para apoiar eventos que apoiem e preservem as manifestações culturais.
Atenciosamente,
Helena Lourenço
Secretaria ABrasOFFA
Prezados Senhores,
Lairton Guedes e Clerton Vieira
Venho por esta respeitosamente comunicar como índio de Gameleira cidade de 28 mil habitantes que estou impressionado com a qualidade do evento realizado através de suas iniciativas junto a Prefeitura desta cidade onde ocorreu o 2° fórum de cultura indígena. Venho de coração dizer; que vocês dois deram a voz a nosso povo junto a prefeitura desta cidade do estado do Ceará.
Isto é de muita nobreza! Parabéns mesmo vocês ganharam um fã da cidade de Gameleira dando voz o povo indígena. Mesmo não tendo ido iniciativa jovens lideranças de Gameleira fica nosso aplauso. Pois eu tinha desejo de chegar ao fórum de ter direito a voz
ao microfone para falar do nosso patrimônio Alto Francisco Pinto um morro histórico lindo lindo! Em nossa cidade da mata sul Pernambucano.
Vocês estão de Parabesnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn
Gameleira Mata Sul Pernambucana
Iniciativa jovens lideranças comunitários
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Olá amigos!
Minhas felicitações aos organizadores do II Forum Ceara “Cultura e Tradições Indigenas" Meu beijo ao Lairton e Clerton.
Parabens a todos os envolvidos. Fortaleza é linda demais....A recepção do Grupo Txai foi um exemplo. Maracanaú é show...O Prefeito, os da comissão organizadora, todos de parabéns ...Mas que brilha sempre é o José Maria Almeida que como disse o Prefeito é o cara em Maracanaú. Os indios PITAGUARY me ganharam pra sempre. Matei a saudade de muitos secretários e subsecretários que revi...e lamento aos que não foram que perderam a oportunidade de me encontrar de novo e felizzzzz porque eu sou showwwww kkkkkkkkkkkkkkkk
beijos a todos.
Sirlei Chaves
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