Brasil Folclórico
Vamos falar de Brasil.
País de misturas, de costumes, loucuras.
Verdadeira identidade.
Beber da fonte das tradições, cultura,
que emana história e sabedoria.
Falar das raízes do seu povo e
da alegria que acende teu sorriso.
Brasil Folclórico de tantas lendas mãe gentil.
Mistura de raças.
Índio, negro, branco.
Manifestação de ricos e pobres.
Que corre no sangue.
Esbanja gingado.
Folclore nasce do coração, do resgate.
Nasce da diversidade.
Liberdade.
É ciência viva do povo.
O novo.
Não é estático.
Vamos falar de um Brasil Folclórico.
Conhecer suas lendas e mitos.
Como esquecer a Mãe D’água e seu canto atraente.
Do Lobisomem das noites de lua cheia.
Da Pisadeira, Corpo-Seco, Mãe-de-ouro.
Como esquecer o Saci Pererê.
Menino negro traquino,
cachimbo na boca, gorro vermelho.
Aventureiro.
Olha que tem uma perna só.
Curupira, protetor das matas e animais.
Já não existe mais.
Extinto.
O homem destruidor do mundo cortou teus cabeços compridos e
teus pés virados já causam sapatos.
Como esquecer a Mula-sem-cabeça,
O Menino Pastoreio.
Do Bumba-meu-boi; Boi-Bumbá
que ressuscitado foi pelo pajé,
depois de brigas, desengano, e desejo de mulher.
Vamos falar de um Brasil Folclórico.
Da pura imaginação.
Vamos falar para não rasgar da memória.
Deixar o povo sorrir.
Folclore tem que ser poesia.
Magia.
Encanto de um povo.
Abandono.
Fabio Ferreira,
Itarantim - BA - por correio eletrônico
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