Se perrengue está a criança,
Nem olha a parca comida,
Ou tem inchaço na pança,
Ou tá com a espinhela caída.
Se a mocinha anda tristonha,
Pra deitar, não encontra lado.
Deita e nem esquenta a fronha,
Com certeza, é o mau-olhado.
Se alguém anda chorando,
E em nada encontra encanto,
O mal que está atacando,
É o danado do quebranto.
Cura para a enfermidade,
No sertão quem dá a ajuda,
Não é o doutor da cidade.
É quem benze com a arruda.
Que benze com galho bento.
Que benze sem cobrar nada.
O que quer por pagamento.
É ter a dor afastada.
Bendita analfabeta! Que com certeza,
Sabe ler bem mais que um bacharel.
Aqui na Terra sabe ler toda natureza,
Também sabe ler os astros lá do céu.
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